Saber como calcular o EBITDA é fundamental para investidores e empreendedores. Esse indicador ajuda a compreender a eficiência operacional de um negócio, proporcionando uma perspectiva do potencial de crescimento da organização.
Se você deseja entender melhor o que é, para que serve e como calcular o EBITDA, basta continuar a leitura deste texto. Ao final do artigo, todas essas questões terão sido respondidas. Confira!
O que é EBITDA? Para que serve?
EBITDA é a sigla para Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization. Em português, a sigla é conhecida como LAJIDA, por conta da seguinte tradução: Lucros Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização.
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Mas o que isso significa? O EBITDA é um indicador financeiro que não leva em consideração fatores como empréstimos, impostos, entre outros.
Afinal, essas variáveis são indispensáveis para entender o cenário financeiro da empresa, mas dificultam a avaliação da eficiência operacional.
Ele é utilizado principalmente por investidores da bolsa de valores, porque permite analisar a capacidade de geração de caixa dos negócios. Esse é um dos pontos-chave para entender em quais companhias vale a pena investir.
No entanto, também é um recurso muito importante para que as próprias organizações avaliem os seus resultados. O indicador auxilia a identificar pontos de otimização na gestão empresarial e financeira.
Além disso, é possível afirmar que o EBITDA é uma das principais métricas para entender a competitividade de uma empresa frente aos concorrentes.
Como calcular o EBITDA?
Agora, você deve estar se perguntando como calcular o EBITDA, certo? Bom, para padronizar o cálculo, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) estabeleceu a Instrução CVM n.º 527/2012. A seguir, vamos entender o passo a passo do método definido por essa instituição.
Primeiramente, é preciso descobrir o lucro operacional do negócio. Basicamente, ele consiste na subtração da receita operacional líquida pelas despesas operacionais, como salários, aluguéis, custos de produção, entre outras. A fórmula é esta:
receita operacional líquida – despesas operacionais = lucro operacional
Em seguida, basta calcular o EBITDA usando a seguinte fórmula:
lucro operacional + depreciação + amortização = EBITDA
Para esclarecer o que esse cálculo significa e por que ele é feito desse jeito, veja o significado de depreciação e amortização:
- depreciação: se refere ao valor que as empresas perdem por conta da deterioração de equipamentos, como máquinas, computadores, etc.;
- amortização: tem uma lógica semelhante, pois também consiste na perda de valor de um ativo, mas, nesse caso, trata-se de algo intangível, como direitos legais e contratos.
Como o EBITDA é um indicador que não leva em consideração algumas variáveis, deve-se somá-las ao lucro operacional do negócio.
É importante destacar que todas as informações necessárias para o cálculo podem ser encontradas nos sites das empresas, na área de “Relações com Investidores”.
Inclusive, o EBITDA já vem calculado nos documentos. Sendo assim, a operação serve principalmente para confirmar se os dados divulgados estão corretos.
Ao fazer o cálculo, notou que os custos operacionais da sua empresa estão muito altos? Veja oito dicas que podem ajudar a reduzi-los:
Qual é o percentual de EBITDA ideal?
Para avaliar o EBITDA em percentual, é preciso transformá-lo em porcentagem. Para isso, basta seguir a fórmula da chamada Margem EBITDA:
EBITDA ÷ receita líquida = Margem EBITDA
De maneira simplificada, pode-se afirmar que esse outro indicador mostra a capacidade da empresa em transformar receita em lucro.
Mas qual é o percentual ideal? O recomendado é que o número seja pelo menos positivo, porém, não é possível estabelecer um resultado ideal.
O que se pode fazer é comparar a Margem EBITDA de negócios do mesmo setor. Assim, é possível identificar qual é o valor aceitável e quais organizações estão acima ou abaixo dele.
O que é EBITDA ajustado?
Lembra-se que a CVM criou uma instrução para o cálculo do EBITDA? Nem sempre as empresas consideram que essa fórmula reflete a realidade do negócio.
Por isso, elas calculam o EBITDA ajustado, que inclui ou exclui variáveis na fórmula recomendada pela CVM.
Entretanto, a empresa tem a obrigação de esclarecer ao órgão quais ajustes foram feitos, bem como justificá-los. E, mesmo assim, é necessário apresentar o EBITDA convencional nos documentos que são compartilhados com os investidores.
Portanto, o EBITDA ajustado é uma boa métrica para analisar a eficiência operacional de uma organização de acordo com suas particularidades. Logo, serve como um complemento ao indicador convencional.
Mas é importante deixar claro que não se deve comparar o EBITDA ajustado ao de outras empresas, ou tomar muito cuidado na comparação.
Afinal, esse parâmetro leva em conta questões específicas de uma companhia, o que pode induzir comparações equivocadas.
EBITDA vs. EBIT
EBIT é a sigla para Earnings Before Interest and Taxes. Em português, pode ser traduzido como Lucros Antes dos Juros e Tributos, ou LAJIR.
Já pelo nome do indicador é possível notar que ele não inclui a depreciação e a amortização em seu cálculo. Essa é a principal diferença para as outras métricas apresentadas neste artigo.
O EBIT é utilizado para analisar o lucro contábil gerado apenas pela atividade-fim da empresa. Ou seja, considera a capacidade de geração de caixa pelas atividades diretamente relacionadas com o produto ou serviço que é ofertado.
Um ponto que precisa ser mencionado, é que não existe uma discussão sobre qual indicador é melhor, porque isso não faz sentido.
Ambos podem ser usados na análise de uma empresa. Afinal, as características do negócio são o que definem quais indicadores são mais adequados.
Como aprender mais sobre gestão financeira?
Como deixamos claro desde o início deste artigo, entender conceitos de gestão financeira é indispensável para empreendedores e investidores. Esses conhecimentos são vitais para tomar decisões assertivas.
Saber como calcular o EBITDA é uma dessas compreensões fundamentais. No entanto, para uma avaliação completa, é preciso conhecer diversos outros conceitos e indicadores.
A questão é: onde adquirir esses conhecimentos? Simples, basta ler outros conteúdos do nosso blog. Listamos alguns que podem lhe interessar e ajudar:
- 4 indicadores de como calcular viabilidade de um negócio;
- Exemplos de indicadores de desempenho financeiro que vão ajudar a tocar sua empresa;
- Indicadores de capital de giro: a análise que te permitirá manter uma empresa sempre saudável;
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- Gerenciamento de risco financeiro: 5 dicas para evitar prejuízos à saúde financeira do seu negócio.