CST 100: entenda a aplicação correta e evite prejuízos fiscais

Tempo de leitura: 12 minutos

O CST 100 é um dos códigos mais comuns na rotina fiscal de empresas optantes pelo regime de lucro real ou presumido.

Ainda assim, muitos negócios enfrentam dúvidas sobre o que é a operação, como aplicá-la corretamente e quais são os impactos de seu uso incorreto.

Neste artigo, você vai entender não apenas a função do CST 100, mas também a importância da operação na estrutura tributária, suas relações com o CFOP, o ICMS e quais cuidados tomar para evitar penalidades e problemas fiscais.

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O que é CST?

O CST (Código de Situação Tributária) classifica produtos e serviços conforme a forma de tributação aplicada. Composto por três dígitos, informa se há incidência, isenção, suspensão ou substituição tributária em operações sujeitas a ICMS, IPI, PIS e COFINS e garante o preenchimento correto dos documentos fiscais.

Logo, o CST está diretamente ligado à apuração correta dos tributos, ao direito de aproveitamento de créditos fiscais e à emissão de documentos fiscais válidos.

Cada CST reflete uma situação específica prevista na legislação tributária e precisa se alinhar com o CFOP utilizado e com o tipo de operação realizada. 

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Qual a importância do CST?

A importância do CST vai além da simples aplicação de um código na nota fiscal, já que é essencial para garantir a correta tributação do ICMS conforme a legislação vigente.

Ao usar o código corretamente, a empresa cumpre suas obrigações fiscais, se adapta a regimes especiais, isenções ou convênios estaduais e fortalece sua gestão tributária, o que melhora a competitividade e o planejamento financeiro.

Qual a relação entre CST e CFOP?

O CFOP (Código Fiscal de Operações e Prestações) é um código que define a natureza da operação: venda, compra, devolução, remessa, retorno, exportação e importação, por exemplo. Já o CST indica o tratamento tributário aplicado à operação.

Essa relação exige atenção, porque o contribuinte só registra a operação corretamente quando escolhe CFOP e CST compatíveis.

Por exemplo: um CFOP de venda tributada no estado (como o 5.101) exige um CST que represente tributação integral (como o CST 100). Se o contribuinte usar outra combinação, o destinatário pode perder o direito ao crédito ou o Fisco pode questionar a operação.

Ao escolher códigos incompatíveis, a empresa transmite informações incorretas às autoridades fiscais, o que pode resultar em autuações, exigência de retificações e multas.

Portanto, entender como CST e CFOP se conectam ajuda a manter a conformidade fiscal e evita prejuízos.

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O que é CST 100?

O CST 100 se refere à operação tributada integralmente pelo ICMS. A empresa utiliza o código ao realizar uma venda em que deve destacar o ICMS na nota fiscal.

Ou seja, a operação indica que o produto ou serviço está completamente sujeito à tributação e o imposto será recolhido normalmente, sem nenhuma redução, isenção ou substituição tributária.

O uso do código é comum em empresas do regime de lucro real ou presumido que vendem produtos sem incentivos fiscais específicos e que não estão sujeitos a regimes especiais de substituição tributária ou isenção.

Na situação supracitada, o cálculo do imposto é feito sobre o valor total da operação e destacado no documento fiscal.

Portanto, o CST 100 é exclusivo para empresas do regime normal de tributação e, conforme mencionamos, não se aplica a micro e pequenas empresas optantes pelo Simples Nacional.

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Como e quando usar o CST 100?

Empresas utilizam o CST 100 em operações nas quais:

  • a mercadoria ou serviço está totalmente sujeito ao ICMS;  
  • não há benefícios fiscais, como isenção, suspensão, diferimento ou redução de base de cálculo;  
  • a responsabilidade pelo recolhimento do ICMS é do próprio emitente da nota fiscal;  
  • a operação ocorre nas condições normais de tributação previstas na legislação.

Os principais exemplos de uso da operação incluem:

  • venda de produtos industrializados com ICMS devido pela indústria;  
  • venda de mercadorias por empresas comerciais em operações interestaduais ou internas, sem substituição tributária;  
  • transferências entre filiais com ICMS destacado, a depender da legislação estadual.

Logo, é fundamental ressaltar que o uso indevido do código, como em operações isentas, gera problemas na apuração do imposto e compromete o aproveitamento de crédito pelo destinatário.

Confira: Reforma tributária: o que muda e como afeta sua rotina fiscal?

Penalidades e multas relacionadas ao uso incorreto do CST

O uso incorreto do CST, especialmente do CST 100, leva a diversos problemas, como:

  • multas por erros em documentos fiscais: a emissão de notas com CST incorreto resulta em multas por descumprimento de obrigação acessória, conforme previsto na legislação estadual;  
  • perda do direito a créditos fiscais: o destinatário tem o crédito do ICMS negado se a nota fiscal apresentar CST incompatível com a operação;  
  • autuações e notificações fiscais: o Fisco considera o erro como tentativa de sonegação ou inconsistência na escrituração fiscal;  
  • juros e correções: caso o erro leve à apuração incorreta do ICMS, a empresa é obrigada a recolher a diferença com acréscimos legais;  
  • risco de exclusão de regimes especiais: negócios que persistem em erros de escrituração fiscal perdem benefícios fiscais ou regimes especiais de tributação.

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Qual o impacto do CST 100 na apuração do ICMS e no crédito tributário?

A correta utilização da operação afeta:

  • a apuração do ICMS devido na operação;  
  • a apuração do crédito tributário pelo destinatário da nota fiscal, caso também esteja no regime normal.

Quando o CST 100 tem uso adequado, o imposto fica em destaque na nota e compõe o total de ICMS a ser recolhido pelo emitente.

O destinatário, por sua vez, tem direito de se creditar do valor do imposto na sua apuração mensal.

Entretanto, quando utilizam erroneamente o CST 100 em operações isentas, recolhem indevidamente o ICMS ou o destinatário aproveita um crédito indevido, o que também resulta em autuações fiscais para ambas as partes.

Logo, o CST 100 representa não apenas uma codificação, mas uma definição importante na operação fiscal da empresa, o que interfere diretamente nos valores a pagar ou a recuperar de ICMS.

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Como saber qual CST usar?

A definição do CST adequado depende de uma série de elementos, que incluem:

  • o CFOP da operação;  
  • o produto envolvido (alguns têm tratamento tributário especial);  
  • o estado de origem e destino (as alíquotas e regimes variam);  
  • o regime tributário da empresa;  
  • a existência de acordos interestaduais ou convênios do ICMS;  
  • a legislação estadual e federal vigente para o setor.

Dicas práticas para o uso do CST 100

Seguir as orientações é importante para minimizar riscos fiscais, otimizar a gestão tributária da empresa e garantir o cumprimento adequado das obrigações legais, confira:

  • tenha um cadastro fiscal bem estruturado de seus produtos;  
  • mantenha seu sistema ERP atualizado com a tabela CST mais recente;  
  • consulte regularmente a legislação estadual e federal;  
  • tenha apoio de um contador ou consultoria tributária especializada.

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Procedimentos para correção de CST informado incorretamente

Erros na indicação do CST exigem ação imediata, já que comprometem a escrituração fiscal e os valores de tributos devidos. Veja os principais procedimentos para corrigir:

  • verifique o tipo de erro: avalie se é um erro corrigido via carta de correção ou se exige cancelamento da NF-e;  
  • emita uma Carta de Correção Eletrônica (CC-e): para erros que não alteram o valor do imposto ou os dados principais da nota;  
  • cancele a NF-e e reemita: se o erro for mais grave, como no CST ou CFOP, que impacta diretamente o recolhimento de tributos;  
  • retifique a escrituração fiscal: no caso do SPED, será necessário retificar os arquivos e substituir os registros antigos;  
  • comunique o destinatário: para que também retifique sua escrituração e evite aproveitamento indevido de crédito.

Logo, ignorar um erro de CST compromete a credibilidade fiscal da empresa e resulta em passivos tributários.

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Conheça as principais descrições dos códigos CST

Veja abaixo alguns exemplos da tabela CST de ICMS e seus significados.

Código Situação Tributária
0 Tributado integralmente
10 Tributado com substituição tributária
20 Tributado com redução da base de cálculo
30 Isento ou não tributado com substituição tributária
40 Isento
41 Não tributado
50 Suspensão
60 ICMS já recolhido por substituição tributária
70 Redução e substituição
90 Outras situações

Saiba mais: Conheça os impostos sobre nota fiscal e aprenda a calcular!

Exemplo de CST 100

A empresa comercializa eletrodomésticos no regime de lucro presumido. Ao vender uma geladeira para um cliente do mesmo estado, a empresa emite uma nota com:

  • CFOP: 5.102 (venda de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros);  
  • CST: 100 (tributada integralmente);  
  • ICMS: 18% destacado.  

Acima, temos um exemplo típico de operação que utiliza o CST 100, pois a venda sofre incidência integral de ICMS e não se enquadra em substituição tributária.

Atualizações e mudanças na tabela CST

A tabela CST é constantemente revisada, com alterações promovidas pela Receita Federal e pelos estados. As atualizações ocorrem quando:

  • há novas modalidades de tributação criadas por lei;  
  • estados firmam convênios ou protocolos interestaduais;  
  • ocorrem mudanças na legislação de benefícios fiscais.

Logo, empresas devem se preparar para as atualizações por meio de:

  • auditorias regulares no cadastro de produtos;  
  • participação em treinamentos fiscais;  
  • atualização dos sistemas de emissão de nota fiscal;  
  • consulta frequente às instruções normativas.

Portanto, estar desatualizado leva ao uso de códigos CST que já não estão mais em vigor, o que compromete a validade das notas fiscais emitidas.

Leia também: Regras para emissão de nota fiscal: guia útil para seu negócio!

Qual é o CST do Simples Nacional?

Empresas do Simples Nacional não utilizam o CST, e sim o CSOSN (Código de Situação da Operação no Simples Nacional). O código tem a mesma finalidade, mas se adapta à realidade do regime simplificado.

O CSOSN equivalente ao CST 100 é o CSOSN 102, que também representa uma operação tributada integralmente pelo ICMS no âmbito do Simples.

Confira alguns exemplos:

  • 101: Com permissão de crédito de ICMS;  
  • 102: Sem permissão de crédito, tributada integralmente;  
  • 103: Isenta;  
  • 201: Com substituição tributária;  
  • 500: ICMS já recolhido anteriormente.

Confira também: Emissão de nota fiscal em marketplace: aprenda em 5 etapas!

Checklist para revisão do CST antes da emissão da NF-e

Antes de emitir a Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), é importante revisar cuidadosamente o Código de Situação Tributária (CST).

A escolha correta do CST garante o cumprimento das obrigações fiscais e evita problemas futuros com a fiscalização. Use o checklist abaixo como guia para uma revisão completa.

Verifique o CFOP da operação

Certifique-se de que o Código Fiscal de Operações e Prestações (CFOP) informado na NF-e está correto e compatível com a operação realizada.

O CFOP é determinante para definir a natureza da operação e, consequentemente, o CST aplicado, uma vez que influencia a tributação de ICMS, a depender da origem e destino da mercadoria.

Considere o regime tributário da empresa

O regime tributário da empresa (Lucro Real, Lucro Presumido ou Simples Nacional) tem grande impacto sobre como atribuem o CST.

Cada regime conta com particularidades que afetam a tributação de ICMS, então é fundamental garantir que o CST escolhido esteja em consonância com o regime fiscal adotado pela empresa.

Consulte a legislação estadual vigente

A legislação de ICMS varia de estado para estado. Verifique as alíquotas e quaisquer regimes especiais aplicáveis nas unidades federativas envolvidas na operação.

Logo, as alíquotas e os possíveis benefícios fiscais, como reduções de alíquotas ou isenções, afetam a escolha do CST.

Leia também: Multa por não emitir nota fiscal: o que acontece + danos!

Conte com a NFE.io e evite erros fiscais!

Evite erros fiscais, multas e perda de crédito tributário. A emissão correta da NF-e com o código CST adequado protege sua empresa de grandes problemas com o Fisco.

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