Um empresário consistente dos efeitos dos tributos na logística sabe que essas taxas influenciam diretamente na formação dos preços e nas estratégias das empresas brasileiras.
Por isso, conhecer cada uma delas é primordial para que seu negócio opere dentro da lei e não corra riscos com multas e juros altíssimos.
A seguir, você aprenderá quais os impactos dos tributos nas operações logísticas, como eles são calculados e sua importância para o transporte.
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Continue a leitura e aprenda como administrar os impostos na logística.
Antes de mais nada, o que é logística tributária?
Podemos definir a logística tributária como um método de gestão empresarial, que aproveita a legislação de um município, estado ou país para oferecer à companhia uma gestão de impostos mais econômica.
Em outras palavras, ela mapeia e procura oportunidades vantajosas para seu empreendimento, otimizando os processos operacionais e logísticos da companhia.
A partir daí, o gestor passa a compreender seus gastos, lucros e faturamento. Em paralelo, é possível diminuir custos, aproveitar créditos fiscais e impedir ocorrências em autuações.
Para isso, é preciso estudar as legislações tributárias de cada cidade, benefícios fiscais e isenções garantidas pelo governo.
Quer saber mais? Assista:
Quais são os benefícios da logística tributária?
A logística tributária é uma ótima ferramenta para otimizar a gestão empresarial de pequenas, médias e grandes empresas.
Não há como negar que a carga tributária é bastante alta no Brasil e oscila de uma cidade para outra e de um estado para outro.
Logo, compreender as legislações de cada região ajuda a economizar essas despesas.
Para adquirir esse benefício, é necessário fazer um estudo detalhado para escolher o regime tributário que ofereça a menor carga de impostos.
Compreender quanto um empreendimento custa em um determinado município possibilita uma operação mais estratégica para o gestor fiscal.
Quais tributos são cobrados na área da logística?
A seguir, explicamos os principais tributos na logística. Confira:
1- IRPJ
Começamos pelo básico: o Imposto de Renda de Pessoas Jurídicas. Ele é obrigatório para todas as companhias com sede no Brasil e que disponham de cadastro jurídico (CNPJ).
Esse imposto é calculado a partir dos rendimentos e ganhos da empresa. O custo é 15% do lucro arbitrado, presumido ou real. Adicionalmente, pode ser aplicada uma alíquota de 10% sobre o lucro que ficar acima de R$ 20 mil por mês.
Para as transportadoras que se encaixam ao Simples Nacional, a arrecadação é simplificada.
Aliás, você pode aproveitar os incentivos fiscais para deduzir parcelas do imposto de renda.
Para isso, é preciso investir em projetos culturais, atividades esportivas, pesquisa tecnológica, desenvolvimento regional e assim por diante.
2- ICMS
É o Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) que recai sobre a operação de produtos, bens e valores, assim como sobre a prestação de serviços, inclusive de transporte intermunicipal e interestadual.
Para tal finalidade, você deve registrar as operações no Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e).
Esse é um dos documentos vitais no transporte de cargas e simplifica a comprovação das atividades da transportadoras e o recolhimento dos tributos.
A alíquota, por sua vez, é definida por cada estado ou ente da federação, sob a condição de que não exceda o limite estabelecido na legislação.
Um ponto positivo é que esse imposto pode ser diminuído ou, inclusive, não ser devido em determinadas situações. Como assim? Explicamos:
A isenção do ICMS é garantida para o transporte de produtos cujo o intuito é promover a cultura, educação ou saúde, como livros e itens hospitalares.
Contudo, antes de colocar a operação em prática, informe-se sobre as leis da sua região.
👉 Fique atento: a Comsefaz (Comitê Nacional dos Secretários da Fazenda dos estados e do DF) informou que os governadores devem aumentar em quatro pontos percentuais a alíquota em 2023.
3- INSS
Entre os tributos na logistica mais conhecidos está a contribuição para a Previdência Social.
A proposta desse imposto é recolher recursos para a previdência e assegurar benefícios para os colaboradores, como salário-maternidade e auxílio-doença.
Esse valor é descontado diretamente na folha de pagamento dos colaboradores da transportadora.
Porém, a retenção do INSS para motoristas autônomos é aplicada a cada pagamento de frete contratado, sendo a base do imposto de 20% do valor do frete.
4- IPI
O Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), por sua vez, está presente em qualquer mercadoria industrializada, seja nacional ou importada.
Seu custo é calculado a partir dos valores dos produtos, seguros, fretes e outros gastos. O valor pode sofrer desconto, o que depende da natureza do produto transportado.
Entretanto, mesmo os itens com alíquota zero devem ser destacados na nota fiscal da carga, ok?
Quer saber mais? Assista:
5- CSLL
Entre os impostos federais está a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido. Aqui, a tarifa depende do tipo de regime de tributação da companhia e é calculada de acordo com o lucro obtido.
No caso do transporte de cargas, a quantia aplicada é de 12% da receita bruta proveniente da prestação de serviços.
6- Pis/Pasep
Caminhoneiros devem redobrar a atenção com o Programa de Integração Social (PIS) e o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PASEP).
O objetivo dessa taxa é garantir benefícios para os funcionários, como o abono salarial, o FGTS e o seguro-desemprego.
Via de regra, a porcentagem do imposto oscila entre 0,65% a 1,65% do faturamento da empresa.
Para descobrir qual é a quantia devida é imprescindível ficar atento ao tipo de regime tributário do seu negócio.
7- Cofins
Para financiar a previdência social, temos ainda a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), que é originária do faturamento do negócio.
O imposto é pago todos os anos e é correspondente ao regime de tributação da transportadora.
Nota-se que o montante da taxa oscila de 3% a 7,6%, salvo os casos de companhias que escolheram o Simples Nacional.
Aliás, separamos este vídeo que ensina o que é cofins e como é feita a cobrança, confira:
8- ISS
Adicionalmente, temos ainda o Imposto sobre Serviços (ISS), que é calculado sobre qualquer serviço prestado dentro de uma única cidade, inclusive o transporte de alimentos e outras cargas.
Como essa taxa é municipal, o percentual é estabelecido por cada região. A alíquota gira em torno de 2% e 5% do valor cobrado pelo serviço.
9- ISS
Fechamos a nossa lista de tributos na logística com o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA).
Aqui, a tributação é feita anualmente sobre o valor do veículo de uma empresa, o que inclui caminhões e caminhonetes. Cada estado define a sua própria alíquota.
Para completar o conteúdo, separamos nossos melhores artigos sobre tributos na logística, veja só:
- Impostos sobre nota fiscal: quais são eles?
- Como calcular impostos de Nota Fiscal Eletrônica facilmente?
- Conheça os 3 tipos de planejamento tributário e dê início à redução de impostos com estas 8 dicas!
Como economizar com a logística tributária?
Economizar com tributos na logística é vital para manter a operação em dia e sem problemas financeiros.
Abaixo, você confere duas medidas que podem te ajudar neste processo:
- Recuperação de crédito tributário: é o resgate de créditos tributários que foram acumulados ao longo de um determinado período, quitados a mais ou indevidamente. Isto é, um tipo de reembolso de impostos, taxas e contribuições;
- Benefícios e incentivos fiscais: são medidas legais concedidas pelo governo a negócios, garantindo isenção de parte dos tributos, proporcionando uma folga no fluxo de caixa.
Tudo certo com os tributos na logística?
Nem sempre é fácil controlar os impostos na logística, por isso, é vital contar com o apoio de determinadas tecnologias para otimizar processos e liberar tempo para ações mais estratégicas.
Um bom exemplo de investimento é a NFE.io, que reduz o tempo e a complexidade gastos com emissão de notas fiscais e consulta de dados.
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