A NFE.io, em parceria com a BSSP e o Instituto Minerva, promoveu um encontro exclusivo para discutir os desafios práticos da implantação da Reforma Tributária.
O evento, realizado em São Paulo, reuniu especialistas e profissionais da área fiscal, contábil e de tecnologia para antecipar os impactos da nova legislação — que começa a valer já em janeiro de 2026.
A palestra ficou a cargo de Edgar Madruga, um dos nomes mais respeitados do Brasil em auditoria e compliance tributário. E ele foi direto ao ponto:
“A nota fiscal será o coração da Reforma. Se estiver errada, o crédito desaparece.”
A seguir, reunimos os principais pontos discutidos no evento.
O fim da guerra fiscal e a lógica do destino
Edgar Madruga (à esquerda) e Fabio Rodrigues: sócios da BSSP acreditam que a Reforma Tributária traz desafios e oportunidades
Com o novo modelo de IVA Dual (CBS e IBS), o imposto deixará de ser recolhido no estado de origem da operação e passará a ser recolhido no local de consumo. Isso representa uma mudança radical na lógica de planejamento tributário.
“Transportadoras que montavam galpões apenas para trocar nota e se beneficiar de incentivos não farão mais isso. O jogo virou.”, afirmou Edgar.
Esse princípio do destino elimina as distorções da guerra fiscal e obriga empresas a reavaliar localizações estratégicas, centros de distribuição e estruturas de contrato.
A nota fiscal como centro do sistema
Um dos pontos mais enfatizados por Madruga foi o novo papel da nota fiscal.
- Ela passa a ser o ponto de origem do tributo
- O crédito fiscal só será válido se o imposto for efetivamente pago
- Não haverá mais correções “posteriores”: se a nota estiver errada, o erro é definitivo
“O crédito deixa de ser contábil e passa a ser financeiro. Não pagou, não tem crédito. Ponto.”
A tecnologia no centro da adaptação
Outro destaque do encontro foi o papel fundamental das áreas de tecnologia da informação no processo de transição. Desde a sanitização de cadastros até a validação automatizada de pagamentos e tributos, será impossível adaptar-se sem ferramentas robustas.
Muitas empresas ainda operam com controles manuais, planilhas ou sistemas sem visibilidade fiscal em tempo real — algo que se tornará inviável a partir de 2026.
“A empresa que esperar para ver, vai ver o problema no extrato bancário. E aí já será tarde.”
A NFE.io na liderança da transição
Como pioneira na emissão automatizada de notas fiscais eletrônicas, a NFE.io está na linha de frente da preparação para a Reforma.
- A plataforma já está sendo adaptada para o novo modelo de nota fiscal
- Terá suporte nativo a CBS e IBS
- Permitirá validação em tempo real do pagamento do tributo (pré-requisito para o crédito fiscal)
- E integrará mais de 1.400 prefeituras, incluindo aquelas que já anteciparão os testes a partir de julho de 2025
Empresas que automatizarem agora terão vantagem competitiva já em 2026 — evitando bloqueios de crédito, erros fiscais e prejuízos operacionais.