A partir de 1º de janeiro de 2026, a emissão de cupons fiscais via SAT (CF-e-SAT) será vedada no Estado de São Paulo. Em seu lugar, vigorará a Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica (NFC-e, modelo 65) como documento fiscal padrão para o varejo paulista.
Essa transição, impulsionada pelas mudanças da reforma tributária e pela padronização nacional digital, exige preparo técnico e estratégico dos varejistas. Neste post, você verá o que muda no seu PDV, como funciona a migração e como evitar dores de cabeça.
O que é o SAT e por que existe
Histórico do SAT em São Paulo
O SAT foi criado para substituir o ECF (Emissor de Cupom Fiscal) no ambiente digital paulista. Era um dispositivo homologado junto à Sefaz-SP, que autenticava e transmitia cupons fiscais eletrônicos (CF-e) gerados no ponto de venda.
Ele permitia alguma tolerância para operações com falhas de rede, armazenando transações localmente e transmitindo ao fisco posteriormente.
Funcionamento técnico
Quando a venda é feita, o PDV envia os dados ao SAT, que gera o CF-e-SAT (arquivo eletrônico assinado). Esse cupom pode ser transmitido ao webservice da Sefaz, e o extrato/versão impressa é entregue ao consumidor como comprovante.
O dispositivo possui módulo criptográfico interno, armazenamento local e regras específicas de comunicação com o fisco.
Mudanças anunciadas: fim do SAT e migração obrigatória para NFC-e
Cronograma oficial (datas-chave)
- Até 31 de dezembro de 2025: emissão de CF-e-SAT ainda permitida para cupons já autorizados.
- A partir de 1º de janeiro de 2026: emissão de CF-e-SAT proibida.
- Após essa data, será possível receber ou transmitir cupons emitidos antes da proibição por até 10 dias (janela técnica).
A Sefaz-SP entende que essa medida faz parte da modernização fiscal e da harmonização nacional do documento do varejo. O SAT deixará de ser obrigatório em SP, e o foco passa a ser a NFC-e como documento fiscal eletrônico para o consumidor final.
O que é a NFC-e e como funciona
Definição e escopo de aplicação
A NFC-e (Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica, mod
elo 65) é o documento eletrônico que substitui o cupom fiscal no varejo. É utilizada em operações de venda presencial ao consumidor final.
Diferente de notas entre empresas (modelo 55), ela é voltada para operação de balcão, com uso de QR Code no DANFE, consulta pública e emissão digital.
Fluxo de emissão (XML, autorização, DANFE, QR Code)
- O PDV registra a venda e envia os dados via API ou integração.
- A plataforma fiscal gera o XML conforme layout estadual.
- O XML é transmitido ao webservice da Sefaz estadual para autorização.
- Se autorizado, retorna protocolo e geração do DANFE NFC-e com QR Code.
- O XML e todos os dados são armazenados de forma segura para compliance.
- Em caso de indisponibilidade, aplica-se contingência e retentativas, conforme regulamento estadual.
Requisitos, limitações e particularidades estaduais
Certificado digital e formato aceito
Para emitir NFC-e via NFE.io, é necessário possuir certificado digital A1 do emitente. Não se utiliza certificado A3 ou dispositivo fiscal (como o SAT) para essa emissão.
Conectividade e contingência por estado
Normalmente, a emissão exige conexão com a webservice estadual. No entanto, alguns estados permitem emissão em modo contingência offline, com transmissão posterior. Essas regras variam muito de estado para estado (e são implementações técnicas que precisam ser validada localmente).
Casos específicos que exigem dispositivos fiscais
Até 31/12/2025, em SP ainda vigora o uso do SAT. Após essa data, cupons via SAT deixam de ser válidos.
Além disso, alguns estados ou municípios mantêm dispositivos fiscais ou exigem particularidades locais — é importante verificar caso a caso.
Desafios da migração para empresas com SAT
Ajustes de PDV e ERP
O software de caixa ou ERP dos clientes deverá ser adaptado para geração de XML, integração com API, geração de QR Code, tratamento de contingência e manuseio de rejeições fiscais.
Testes, homologação e contingência
É essencial fazer testes em ambientes de homologação antes da produção, simular cenários de queda de conexão (modo contingência), rejeições, cancelamentos e inutilizações.
Riscos de rejeição e impactos operacionais
Erros de preenchimento fiscal, layout incorreto, campos obrigatórios ausentes ou falhas de autorização podem rejeitar a nota. Isso pode paralisar o PDV se não houver fallback ou plano de contingência bem definido.
Oportunidades estratégicas para plataformas fiscais (como a NFE.io)
Oferta de API / integração plug-and-play
Fornecer APIs robustas que simplifiquem a emissão, tratamento de erros e fallback, ajudando clientes a migrarem sem refazer toda a arquitetura fiscal.
White-label para ERPs / PDVs
Servir como “motor fiscal” para ERPs e empresas de PDV, de modo que eles foquem no front e a NFE.io cuide da emissão fiscal.
Serviços de compliance, monitoramento e suporte
Oferecer camada de monitoramento (logs, alertas, retentativas automáticas), relatórios fiscais e suporte técnico especializado para estados com regras complexas.
Como se preparar para 2026
Checklist de ação
- Valide que seu sistema suporta emissão de NFC-e
- Gere/obtenha certificado digital A1
- Faça credenciamento junto à Sefaz-SP e obtenha o CSC
- Planeje cronograma de testes
- Faça homologação e simulações de contingência
- Treine sua equipe de loja e operação fiscal
Cronograma de implantação
Idealmente, a migração deve começar em 2025, com testes e homologação antes de dezembro, para evitar correrias de última hora.
Fatores de sucesso
- Antecipação e planejamento
- Software emissor robusto e bem integrado
- Contorno de contingência bem desenhado
- Suporte técnico e transparência com fornecedores de PDV/ERP
Próximos passos com a NFE.io
Não deixe para a última hora. Se você quer garantir que seu PDV esteja pronto para 2026:
- Fale com um dos especialistas da NFE.io para ver como funciona a emissão NFC-e via API no seu cenário.
- Implemente um plano de transição com suporte dedicado, onde passaremos pela homologação e os testes
Fale conosco agora e comece a preparar seu PDV para a era da NFC-e sem dor de cabeça.
