Você sabe o que é chargeback? Quem atua no e-commerce tem até um certo pavor dessa palavra, afinal, ela significa a contestação de um pagamento feito por um cliente.
Ou seja, é quando alguém fez uma compra no seu site e por algum motivo está contestando a cobrança que foi feita. Isso traz uma grande dor de cabeça para os dois lados: o cliente e até mesmo o próprio empreendedor.
Portanto, todos empresários que atuam no ramo das vendas online buscam de certa forma diminuir o chargeback para que ele não prejudique o seu negócio.
Neste artigo, vamos mostrar um pouco mais a fundo o que é o chargeback, suas principais consequências e o que você deve fazer para evitá-lo. Confira!
O que é chargeback?
Chargeback é uma palavra em inglês que traduzida ao português significa “reversão de pagamentos”. Isso ocorre quando um cliente faz uma compra de algum produto ou serviço e depois contesta a cobrança feita no cartão, sendo que o valor precisa ser devolvido.
De modo geral, ele representa o estorno de uma venda que foi feita via cartão de débito ou crédito, criado pelas próprias operadoras a fim de proteger os consumidores com eventuais problemas de pagamentos.
Há inúmeras situações que podem desencadear um chargeback. Um bom exemplo é quando um cliente vê um lançamento em sua fatura de uma compra que não foi realizada por ele, e então entra em contato com o banco para dar prosseguimento ao chargeback.
Como funciona o chargeback?
Conforme podemos observar, o chargeback funciona como uma espécie de proteção para o cliente, uma vez que evita que sejam lançadas compras no cartão sem que ele esteja de acordo com elas.
No entanto, o grande problema do mecanismo é que, ao mesmo tempo em que ele protege os clientes, também pode trazer muitos prejuízos para os donos de e-commerce do no Brasil.
Afinal, podem ocorrer casos em que o chargeback pode ser solicitado de forma indevida, ou seja, o consumidor comprou o produto, o recebeu em sua casa e ainda assim ele aciona a operadora de cartão alegando não ter comprado.
Tudo isso traz transtornos aos lojistas que ainda precisam arcar com as taxas administrativas do cartão e correm o risco de perder o produto e até mesmo arcar com o prejuízo no fluxo de caixa.
Quais são as consequências do chargeback?
São muitas as consequências que o chargeback pode trazer para um negócio, sendo a principal delas os prejuízos financeiros e logísticos. Além disso, como as administradoras de cartões se responsabilizam só pela conferência do cadastro e não pelas transações realizadas, o lojista é quem tem que absorver o custo correspondente.
Por conta disso, o e-commerce fica totalmente vulnerável e impotente diante dos riscos que a operação pode oferecer, como roubo e clonagem do cartão, oportunismo, má-fé do usuário e extravio de mercadorias.
Imagine uma situação na qual um cartão é clonado, e o golpista compra uma quantidade elevada no seu e-commerce. Depois o proprietário dele descobre a compra e solicita o estorno do valor. Quem fica com o prejuízo? O lojista.
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Como é feita a solicitação do chargeback?
Para que o chargeback aconteça, o titular do cartão precisa entrar em contato com a operadora e informar que não reconhece uma determinada compra ou qualquer outra inconformidade com o valor que foi cobrado.
Isso também pode acontecer quando o cartão não obedece às regulamentações estabelecidas pela administradora e, mesmo sendo menos comum, a própria instituição financeira também pode abrir um chargeback se ver algum problema em uma transação.
Então, nesse caso, a emissora envia os argumentos para a operadora e expõe que o estorno do valor do cartão é devido e solicita os documentos para a defesa como nota fiscal, comprovante de entrega, etc.
Logo após analisar as documentações, será avaliado se o chargeback é válido ou não, e o valor da contestação é retornado ao portador do cartão, e então o estabelecimento é debitado.
Como a maioria das administradoras de cartão não assumem o risco desse tipo de transação, o prejuízo recai quase todo ao varejista que fez a venda e que fica totalmente vulnerável à ação de fraudes.
Como evitar o chargeback?
Para evitar o chargeback, é possível adotar algumas estratégias, sempre priorizando a satisfação do cliente. Pois, uma vez que ele tenha uma boa experiência com o seu negócio, será mais difícil solicitar reembolso. Abaixo separamos 3 estratégias para você adotar.
1. Disponibilize pagamentos por boleto bancário
Mesmo que o cartão de crédito seja predominante na maior parte das compras, você pode emitir o boleto bancário para minimizar os riscos, e dar um desconto para que o cliente opte por esse tipo de compra.
Essa é uma forma mais segura de transação e uma vez que for concluída e a mercadoria entregue, você recebe o valor diretamente na sua conta.
Um dos riscos de só oferecer esse tipo de pagamento é que o cliente pode desistir da compra no final dela, mas também evita que você seja surpreendido com golpes e prejuízos no seu negócio.
2. Contrate ferramentas de análise de crédito
Uma prática comum que você pode adotar é analisar o crédito e o histórico de compras do consumidor. Assim, você pode ver se ele tem o hábito de consumir o seu produto e serviço, se o valor da compra está condizente, etc.
Ainda que exista um custo dispor dessa solução de análise, ele pode ser absorvido, e com isso evitar que você tenha prejuízos bem maiores por conta das fraudes financeiras que podem ocorrer.
3. Use facilitadores de pagamentos
Para não ter prejuízo por chargeback, uma técnica que você pode adotar é usar facilitadores de pagamentos. Ou seja, uma empresa especializada em intermediação de pagamentos online.
Com ela, é possível implementar os processos integrados de automação via API de pagamento, ter mais segurança, uma vez que ela se torna responsável pelo processo, e ter mais sucesso nas transações.
Claro que isso não impede o uso indevido de cartões, mas traz um pouco mais de segurança para o seu negócio. E se você está em busca de um software para ter mais integração na sua empresa, conheça o NFE.io.
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